sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Kiss & Queen, ACDC & Tchaikovsky

Eu já tinha o Overture 1812, do Tchaikovsky, aquele vinil com um canhão na capa. Presente do meu pai. Live in concert, da gravadora Mercury.



Os infantis, Sitio do Picapau, Turma da Monica, A arca de noé, compactos disney etc etc eram da minha irmã e do meu irmão e eu não podia nem encostar. E também não queria, o canhão da 1812 já me deixava louco.

Aí fiz bar-mitzva e ganhei do meu amigo Salim Mansur meu primeiro vinil de rock: Queen Live Killers.

Duplo ao vivo. Save me, We will rock you, God save the queen, Somebody to love, Love of My life, Bohemian Rapsody. Eu amava o Queen como nunca amei na minha vida.

Naquele dia ganhei também do Moti Abadi e do Marcio Ballass as minhas duas primeiras fitas k-7 originais, as duas do kiss. Creatures of the Night (com máscara)...




... e Lick It Up (sem máscara).



O David Turkie foi responsável pela terceira bolacha da minha prateleira. If You Wanna Blood. ACDC ao vivo, com Let There Be Rock, Whole Lotta Rosie, The Jack etc.



Meus avós nunca souberam, mas eles também me deram discos de rock naquele 18 de fevereiro: Killers, do Iron Maiden (ainda com o Paul Diano) e For Those About to Rock, do ACDC, que trazia na capa um canhão igual o do Tchaikovsky.


Só fui conhecer Led Zeppellin, Motley Crue, Judas Priest, Mettalica, Focus, as bichas do Ratt, Ozzy, Deep Purple, Black Sabbath, Creedance, Pink Floyd etc etc... muito depois. E confesso que, com exceção do Led Zeppellin e do Creedance, nem gostei dos outros: meu negócio era Queen, Kiss, ACDC e Tchaikovsky.

Eu tocava piano e queria ser o Freddie Mercury. Também tocava batera e queria ser o Eric Carr. Queria ter a língua do Gene Simmons. Queria ser um rockstar. Ter canhões no palco. Queria ser Tchaikovsky.

Fui a muitos shows escondido. No do Queen, lembro muito dessa hora.



E o show do Kiss! Você foi? No daqui de SP, eu fui!!! Mentira: tinha uma tiavó internada no Albert Einstein. Aquela que estava no avião que foi sequestrado e levado para Entebbe. Não fosse o Kiss, ela teria morrido sem me ver uma última vez. Assisti do telhado do hospital.



Depois disso tudo só voltei a ouvir rock com o Nirvana, depois Rage Against the Machine e encerrei minha carreira HeadBanger com o White Stripes.

Hoje não sou mais do rock. Fiquei velho e quando saio pra pixar, escuto massive atack, everything but the girl, o velho e bom depeche mode e o moby. Às vezes um Quincy Jones, Rolling Stones, Manu Chao, Tim Maia ou Gerson King Combo. Ou Cartola. Ou Chico Science, maravilhoso. Ou o primeiro solo do John Lennon, I'm Just a Jeallous Guy. E só.

Mas continuo amando o Queen. E aquelas duas fitas do kiss ainda são do k7. E pra mim Angus Young até hoje é um demônio. Mas a minha música preferida, o maior heavy metal de todos, o que me leva às lágrimas e que vai me acompanhar nas próximas paredes é esse aqui:



Agora... alguém pode me explicar que porra é essa? E o Tom Selleck, tá loko, man? Swingle singers o caralho!

Um comentário:

Rabino Uri Lam disse...

bom, não me lembro de vc não poder "tocar" nos discos da monica ou do sítio do picapau amarelo, haha, e foi a tia blime que estava no voo de entebe, que disse que se recusou a dar a mão pro idi amin dãdã, e que apareceu na TV com o "papai" enpurrando ela, na saída de congonhas, para a variant marron 1974 DZ 4802 (era isso?)
no resto, o disco do tchaikovsky é demais!!! do Kiss e do Queen tb - mas escondido? hahahah teu blog tá muito bom, me divirto com ele! só perde prá menor fotógrafa do mundo! um super abraço que vou dormir, amanhã vai nevar em Jerusalem.